sábado, 27 de julho de 2013

A origem do batom






O batom (do francês bâton ) é seguramente um dos hábitos mais antigos do universo da ornamentação feminina. A sua origem remonta ao tempo dos egípcios quando as mulheres tinham o costume de usarem pedras semi-preciosas em torno dos olhos e dos lábios. No entanto, contrariamente ao que é normal referir-se, o uso de corantes para decorar os lábios não foi instituído por Cleopatra. No museu de Berlim, na Alemanha, pode-se ver no busto de Nefertiti, a rainha egípcia esposa do faraó Akhenaton, que os lábios femininos já eram pintados mil anos antes da era de Júlio César. No mundo antigo eram utilizados produtos naturais para se pintar os lábios. As mulheres gregas usavam uma raiz vermelha chamada “polderos” misturada com cera de mel para dar um aspecto mais saudável e úmido aos lábios. As mulheres das altas classes do Egito usavam “púrpura de Tyr” que nada mais era que uma tinta, bastante rara, produzida na cidade fenícia de Tiro. O batom começou a ganhar mais popularidade na Inglaterra através do século XVI, durante o reinado da rainha Elizabeth I. Criou-se então um padrão de moda feminina em que a cara era tornada o mais branca possível, com a ajuda de cremes, e assim contrastava com os lábios bem vermelhos. Por essa altura o batom era confeccionado a partir de cera de abelha e tintas vegetais.
No início do século passado, um perfumista francês de nome Rhocopis, criou o que baptizou de “baton serviteur” (bastão servidor), que consistia simplesmente numa massa de talco, óleo de amêndoas, essências de bergamota e limão, de cor vermelha e que era vendido numa embalagem de papel de seda. Num ápice esta invenção conquistou as atrizes e prostitutas do mundo inteiro. Talvez devido a isso, só após a Primeira Guerra Mundial é que as donas de casa perderam o preconceito e começaram a aderir à moda do batom vermelho. O formato dos batons também passou por processos de modernização. Por volta do ano de 1915, apareceu nos Estados Unidos um derivado do “baton serviteur”: um colorante labial em forma de um pequeno tubo metálico. A sua aceitação na América do Norte foi quase instantânea. Em 1921 a revista Vogue publicitava esse “tubinho” como um acessório de elegância que todas as mulheres de classe deveriam possuir. A fórmula sólida do batom só teve início na década de 1930. Mesmo assim a receita básica não sofreu radicais mudanças. Ela é, até hoje, uma dispersão de cores em uma base gordurosa, permitindo assim a fácil aplicação de uma camada uniforme. Com a evolução da indústria cosmética, atualmente o batom não dá apenas cor, mas também protege a pele delicada dos lábios contra o frio, o vento e o sol.


Espero ter agregado algum tipo de valor a todos vocês grande abraço.


Pr. Bruno Alves