quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

SHAVUOT (Pentecostes)

SHAVUOT (Pentecostes)


Assim prescreve a Torá acerca da festa de shavuot (“semanas”), conhecida popularmente como “pentecostes”:
“Depois para vós contareis desde o dia seguinte ao shabat (sábado), desde o dia em que trouxerdes o molho da oferta movida; sete semanas inteiras serão”.
Até ao dia seguinte ao sétimo shabat (sábado), contareis cinquenta dias; então oferecereis nova oferta de alimentos a YHWH.
Das vossas habitações trareis dois pães de movimento; de duas dízimas de farinha serão, levedados se cozerão; primícias são a YHWH.
Também com o pão oferecereis sete cordeiros sem defeito, de um ano, e um novilho, e dois carneiros; holocausto serão a YHWH, com a sua oferta de alimentos, e as suas libações, por oferta queimada de cheiro suave a YHWH.
Também oferecereis um bode para expiação do pecado, e dois cordeiros de um ano por sacrifício pacífico.

Então o sacerdote os moverá com o pão das primícias por oferta movida perante YHWH, com os dois cordeiros; santos serão a YHWH para uso do kohen (sacerdote).
E naquele mesmo dia apregoareis que tereis santa convocação; nenhum trabalho servil fareis; estatuto perpétuo é em todas as vossas habitações pelas vossas gerações.
E, quando fizerdes a colheita da vossa terra, não acabarás de segar os cantos do teu campo, nem colherás as espigas caídas da tua sega; para o pobre e para o estrangeiro as deixarás. Eu sou YHWH vosso Elohim.” (Levítico 23:15-22).
No Judaísmo, comemora-se na festa de shavuot os primeiros frutos da colheita de cereais e o dia em que o ETERNO entregou a Torá no Sinai. Por tal motivo, esta festa é de extrema relevância, pois a Torá é a base do Judaísmo de Yeshua (Mateus 5:17-19).
Ademais, foi durante a festa de shavuot que os discípulos ficaram cheios da Ruach HaKodesh (espírito de santidade ou “Espírito Santo”), e Kefá (Pedro) começou a anunciar com ousadia a morte e a ressurreição de Yeshua:
“Chegou a festa de Shavuot, e os discípulos estavam todos reunidos no mesmo lugar.
E de repente veio do céu um som, como de um vento veemente e impetuoso, e encheu toda a casa em que estavam assentados.
E foram vistas por eles línguas repartidas, como que de fogo, as quais pousaram sobre cada um deles.
E todos foram cheios da Ruach HaKodesh [espírito de santidade ou “Espírito Santo”], e começaram a falar noutras línguas, conforme o Espírito lhes concedia que falassem.

"Então Pedro levantou-se com os onze e, em alta voz, dirigiu-se a eles...” (Atos 2:1-4 e 14).

Todos aqueles que creem em Yeshua sabem a importância dos eventos ocorridos no capítulo segundo de Atos dos Apóstolos.  Consequentemente, a festa de shavuot também nos lembra deste grande dia e de todos os gloriosos dias em que os emissários (“apóstolos”) pregaram a mensagem de Yeshua, manifestando inúmeros milagres operados pelo ETERNO.
Como Cristãos, devemos nos espelhar nos emissários (“apóstolos”) e pregar a mensagem de arrependimento para que os homens abandonem seus pecados e se voltem para Elohim, recebendo o perdão pelo reconhecimento do sacrifício expiatório de Yeshua HaMashiach (Atos 2:38). Nesta jornada, devemos ainda, em nome de Yeshua HaMashiach, curar enfermos e expulsar demônios (Marcos 16:17 e 18).


Mais uma festa mencionada, mais um estudo para enriquecer seu conhecimento que Deus abençoe a todos, divulgue o blog para seus amigos através das redes sociais! Ajude a levar conhecimento para as pessoas que você ama. Forte abraço que esse estudo seja benção para sua vida. Shalom


Pr. Bruno Alves

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

PESSACH (Páscoa)

PESSACH (Páscoa)


A celebração da festa de Pessach (Páscoa) foi designada pelo ETERNO:
“No mês primeiro, no décimo quarto dia do mês, entre o pôr do sol e as trevas completas, é pessach (páscoa) para YHWH.” (Levítico 23:5).
 Esta festa celebra a redenção da escravidão de Israel no Egito (Êxodo 12), sendo comemorada no 14º dia do primeiro mês. Vale destaca que, à luz das Escrituras, o primeiro mês é o de aviv, não se relacionando com o primeiro mês romano (janeiro). E mais: a páscoa cristã (católica e evangélica) não é celebrada no dia determinado pelo ETERNO e, por isso, nada tem que ver com a verdadeira festa designada nas Escrituras.

Alegramo-nos com a festa de pessach, pois recordamos as maravilhas que o ETERNO fez para libertar o nosso povo do jugo egípcio, denotando sua fidelidade, graça e compaixão para conosco.

Consoante a narrativa de Lucas, Yeshua e sua família participavam todos os anos de pessach em Yerushalayim (Jerusalém), denotando que os pais do Mashiach eram fiéis ao cumprir o mandamento relativo a tal festa:

“Ora, todos os anos iam seus pais a Yerushalayim (Jerusalém) à festa de pessach.” (Lucas 2:41).
Já na fase adulta, Yeshua continuou a guardar pessach:
“E estava próxima pessach, e Yeshua subiu a Yerushalayim (Jerusalém).” (João 2:13).
Foi durante a celebração de pessach que Yeshua, reunido com seus talmidim, proferiu as famosas palavras:

 “Peguem e comam; isto é o meu corpo. Ele também pegou um cálice de vinho, disse uma b’rachá [benção], e o deu a eles, dizendo: Bebam dele todos vocês. Porque este é o meu sangue, que confirma a Aliança Renovada ou Nova Aliança, meu sangue derramado a favor de muitos, para que tenham os pecados perdoados.” (Mateus 26:26-28).
Por conseguinte, se em pessach (páscoa) o cordeiro foi imolado e seu sangue aplicado na casa dos filhos de Israel para livrá-los da morte dos primogênitos (Êxodo 12), paralelamente, Yeshua é o cordeiro de pessach que derramou o seu sangue para a remissão dos pecados de seus fiéis. Yeshua é o “Cordeiro de Elohim que tira o pecado do mundo” (João 1:29).
Sha’ul afirmou que Yeshua é nosso Pessach, razão pela qual os netsarim celebravam esta festa (como todas as outras bíblicas) no primeiro século:
Porque o Mashiach (Messias), nosso Pessach, já foi sacrificado.
Pelo que celebremos a festa (1ª Coríntios 5: 7-8).
Cabe aqui registrar que, no momento em que Yeshua estava celebrando pessach, disse a seus discípulos: “Isto é meu corpo, dado por vocês; façam isto em memória de mim” (Lc 22:19). Isto o que? A celebração de pessach! Ou seja, Yeshua ordenou que a cada comemoração de pessach, em que um cordeiro era sacrificado, seus discípulos lembrassem que Ele é o Cordeiro que tira o pecado do mundo (João 1:29). Assim, Yeshua determinou que a celebração, como ato memorial, de sua morte e ressurreição fosse realizada em pessach, e não em outra data. Portanto, Yeshua nunca instituiu uma “Santa Ceia” ou “Ceia do Senhor”, como pensam equivocadamente os cristãos, mas tão somente prescreveu que no seder (“ceia”) de pessach, ou seja, na alimentação comunal que ocorre nesta festa, houvesse a lembrança de seu sacrifício expiatório.
Ante tais fatos, os netsarim (nazarenos) não celebram a “Santa Ceia” inventada pelo Cristianismo, mas comemoram a morte e a ressurreição de Yeshua na data em que ele determinou: a festa de pessach.
A “Santa Ceia” cristã, tal como celebrada pelos cristãos, tem origem nos rituais pagãos e idólatras, sendo estranha à festa de pessach instituída pelo ETERNO.

“O misticismo associado à Eucaristia (Ceia) é reflexo da influência do misticismo religioso pagão. Mesmo descartando a noção católica da Ceia do Senhor enquanto sacrifício, os modernos cristãos protestantes continuaram abraçando a prática católica da Ceia. A Ceia do Senhor composta por um biscoitinho (ou pedacinho de pão) e um copinho de suco de uva (ou vinho) em nada se assemelha a uma ceia de verdade, o mesmo ocorre na Igreja Católica. O humor é sombrio e taciturno. Como na Igreja Católica, o pastor diz à congregação que cada um tem que se examinar com respeito ao pecado antes de participar dos elementos. Uma prática que veio de João Calvino. Como o sacerdote católico, muitos pastores ministram a ceia e recitam as palavras da instituição: ‘Este é o meu corpo’ antes de distribuir os elementos à congregação. Da mesma forma que a Igreja Católica. Com apenas algumas poucas mudanças, tudo isso vem do catolicismo medieval”. Este é o motivo pelo qual os netsarim da atualidade não realizam o rito pagão denominado “Santa Ceia”, cuja origem está no misticismo católico. Substituem-na pela verdadeira festa determinada pelo ETERNO (pessach), comemorando tanto o episódio da libertação do povo de Yisra’el no Egito quanto e principalmente a morte e ressurreição de Yeshua HaMashiach.

Espero que este post esclareça e seja fonte de inspiração pára que você estude mais acerca desse assunto que é tão presente em nossa liturgia e no livro sagrado que embasamos nossa vida que Deus abençoe a todos e fiquem ligados, pois falaremos em breve sobre outras festas bíblicas.


Pr. Bruno Alves