quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Não consigo entender!


Não consigo entender a definição de AMOR que existe atualmente. Ao navegar por redes sociais e nas muitas andanças que faço por conta da itinerância, vejo como é falho e vazio o conceito de amor pregado e vivido pela sociedade e pela maioria das igrejas cristãs de nosso tempo. Que amor é esse que nos leva a fechar os olhos para o que acontece a nossa volta, ao tempo que nos leva a nos encher de misericórdia e compaixão por países e pessoas que estão a milhares de quilômetros de distancia? quem nunca ouviu a expressão ORAI PELA PAZ EM JERUSALÉM OU ISRAEL? A questão aqui não é não orar pela paz mundial, porém não deixar de orar pela paz em nosso pais! O que tenho visto são Igrejas preocupadas em evangelizar outros povos e nosso governo preocupado em enviar ajuda humanitária para outros países enquanto dentro de nossas igrejas e em nossa própria nação existem pessoas que não são assistidas nem mesmo contempladas por esse "iluminado e despretensioso altruísmo coletivo". Não dá mais pra ver e não se pronunciar diante de tamanha inversão, de saber que existem pessoas que enviam ofertas para missionários evangelizarem e darem o que comer para crianças de outros países e ao andar pelas ruas de sua própria cidade serem incapazes de alimentar ou doar alguns minutos de sua atenção para tantos pequeninos que estão morrendo abandonados e com fome. Não consigo entender um governo que se preocupa em mandar alimento para países que sofreram tragedias naturais como a que aconteceu no Haiti, simplesmente fechar os olhos para os patrícios que morrem a míngua todos os dias com fome e sede nos sertões do nosso pais. Não consigo entender o por que dessa facilidade de amar os distantes e simplesmente ignorar os que estão perto! Não consigo entender por que cantar que que somos corpo, bem ajustados, unidos, vivendo em amor, uma família sem qualquer falsidade vivendo a verdade e expressando a glória do Senhor, quando na verdade o que nos caracteriza é a desunião, a extrema falsidade pela qual nos relacionamos e a maneira peculiar que desenvolvemos para expressar não a glória do Senhor, porém dos nossos templos luxuosos, de nossos ministérios extremamente prósperos, dos carros importados que muitas lideranças ostentam, dos membros importantes da sociedade que ocupam suas cadeiras no rol de membros de nossas igrejas. Em fim, não consigo entender a idolatria gospel que nutri o comercio da palavra de Deus e que transformou as igrejas em empresas, os pastores e levitas em empresários, o evangelho em um produto e os cristãos em vorazes consumidores. Encerro dizendo que sou a favor de evangelizarmos outras nações desde que o empenho maior seja evangelizar a nossa, sou a favor de darmos alimentos a estrangeiros desde que não negligenciemos as necessidades dos que estão a nossa volta e que oremos não só pela paz de Israel ou Jerusalém, mas pela paz nas comunidades, nas favelas becos e escadões do nosso pais e que haja paz entre todos os cidadãos da nossa pátria e que o Amor seja demonstrado não só para os que estão longe, porém para todos quantos pudermos alcançar principalmente os que estão mais perto de cada um de nós. 


Pr. Bruno Alves 

SUKOT (Cabanas ou Tendas)

Festa dos tabernáculos 


A festa de sukot (“cabanas” ou “tendas”) é conhecida, nas versões portuguesas, como “a festa dos tabernáculos”. Prescrevem as Escrituras:


“E falou YHWH a Moshé [Moisés], dizendo: Fala aos filhos de Israel, dizendo: Aos quinze dias deste mês sétimo será a festa de sukot [tendas ou “tabernáculos”] a YHWH por sete dias. Ao primeiro dia haverá santa convocação; nenhum trabalho servil fareis. Sete dias oferecereis ofertas queimadas a YHWH; ao oitavo dia tereis santa convocação, e oferecereis ofertas queimadas a YHWH; dia de proibição é, nenhum trabalho servil fareis. (...)

Porém aos quinze dias do mês sétimo, quando tiverdes recolhido do fruto da terra, celebrareis a festa de YHWH por sete dias; no primeiro dia haverá descanso, e no oitavo dia haverá descanso. E no primeiro dia tomareis para vós ramos de formosas árvores, ramos de palmeiras, ramos de árvores frondosas, e salgueiros de ribeiras; e vos alegrareis perante YHWH vosso Elohim por sete dias. E celebrareis esta festa a YHWH por sete dias cada ano; estatuto perpétuo é pelas vossas gerações; no mês sétimo a celebrareis. Sete dias habitareis em tendas; todos os naturais em Israel habitarão em tendas; Para que saibam as vossas gerações que eu fiz habitar os filhos de Israel em tendas, quando os tirei da terra do Egito. Eu sou YHWH vosso Elohim.” (Vayikrá/Levítico 23:33-36 e 39-43).

Em sukot (cabanas/tendas), o povo do ETERNO habita em tendas durante o período festivo de sete dias, recordando-se dos 40 anos em que os filhos de Israel viveram no deserto.

Lembra-se em tal festa que, mesmo residindo em frágeis cabanas no deserto, nunca faltou a provisão do ETERNO, que se manifestava em coluna de nuvem durante o dia, criando-se uma grande sombra para proteger as pessoas do forte sol, bem como em coluna de fogo durante a noite, aquecendo-se o povo do forte frio. No deserto, o ETERNO fez descer do céu, por quarenta anos, o man (“maná”) para aplacar a fome dos israelitas, e jorrou água da rocha para saciar a sede. Infere-se daí que, ao habitarmos em cabanas pelo período de sete dias na festa de sukot, expressamos nossa confiança no ETERNO, o provedor de todas as coisas, que protegeu, protege e sempre estará a proteger os filhos de Israel.

Esta festa (sukot/“tabernáculos”) também nos remete à primeira vinda de Yeshua:

“E a Palavra [a Torá] se fez carne e tabernaculou entre nós” (Yochanan/João 1:14, traduzido do aramaico).

Daí, pode-se entender que a festa de sukot simboliza Yeshua tabernaculando (fazendo morada) entre os homens. Existem muitos estudos apontando que Yeshua provavelmente nasceu durante a festa de sukot, o que realça ainda mais o brilhantismo da celebração.

Sukot é uma festa extremamente profética, já que fala do reinado messiânico de Yeshua. Assim, quando a celebramos, estamos a invocar profeticamente o retorno do Mashiach: “Vem, Senhor Yeshua!” (Guilyana/Apocalipse 22:20). Por que esta festa tem simbologia profética? Porque quando Yeshua retornar e instaurar o reinado messiânico na Terra, todos continuarão a guardar a festa de sukot:

“E YHWH reinará sobre toda a terra. Naquele dia, YHWH será um, e seu nome será um. (...)

E acontecerá que, todos os que restarem de todas as nações que vieram contra Jerusalém, subirão de ano em ano para adorar o Rei, YHWH dos Exércitos, e para celebrarem a festa de sukot [cabanas/‘tabernáculos’]. E acontecerá que, se alguma das famílias da terra não subir a Jerusalém, para adorar o Rei, YHWH dos Exércitos, não virá sobre ela a chuva. E, se a família dos egípcios não subir, nem vier, não virá sobre ela a chuva; virá sobre eles a praga com que o YHWH ferirá os gentios que não subirem a celebrar a festa de sukot [cabanas].



Este será o castigo do pecado dos egípcios e o castigo do pecado de todas as nações que não subirem a celebrar a festa de sukot [cabanas].” (Zecharyah/Zacarias 14:9 e 16-19)

Ora, o texto acima é de clareza solar ao estipular as consequências para aqueles que não guardarem a festa de sukot. Isto demonstra como as festas bíblicas são importantes aos olhos do ETERNO e, por tal motivo, sempre foram observadas pelos netsarim.

Vimos acima que a festa de sukot (“cabanas” ou “tendas) tem a duração de sete dias. Cumpridos estes dias, entra-se no oitavo dia, denominado de shemini atseret (“oitavo dia de assembleia festiva”):

“Sete dias oferecereis ofertas queimadas a YHWH; ao oitavo dia tereis santa convocação [trata-se de shemini atseret], e oferecereis ofertas queimadas a YHWH; dia de proibição é, nenhum trabalho servil fareis. Estes são os tempos determinados de YHWH, que apregoareis para santas convocações, para oferecer a YHWH oferta queimada, holocausto e oferta de alimentos, sacrifício e libações, cada qual em seu dia próprio; Além dos shabatot [sábados] de YHWH, e além dos vossos dons, e além de todos os vossos votos, e além de todas as vossas ofertas voluntárias, que dareis a YHWH. Porém aos quinze dias do mês sétimo, quando tiverdes recolhido do fruto da terra, celebrareis a festa a YHWH por sete dias; no primeiro dia haverá descanso, e no oitavo dia [shemini atseret] haverá descanso.” (Vayikrá/Levítico 23:36-39).

No Judaísmo rabínico, shemini atseret é chamado de Simchát Torá (“alegria da Torá”), dia em que há o costume de se concluir a leitura anual da Torá. Assim, comemora-se com júbilo que o judeu conseguiu ler a Torá inteira durante o ano, e em Simchát Torá o ciclo de leitura termina e imediatamente, no mesmo dia, se recomeça a leitura da Torá. Sobre tal festa, escreveu o rabino Joseph Ber Soloveichik:

“Simchát Torá significa a Alegria da Torá. Isso significa que não basta que um judeu sinta-se feliz com a Torá; a Torá também precisa sentir-se feliz com ele.”

Aprende-se com as lições do citado rabino que não adianta ler a Torá, mas cumprir os mandamentos do ETERNO.

Segundo Yochanan/João 7:1-6,10 e 17, Yeshua participou de todos os dias da festa de Sukot. Ora, se Shemini Atseret é a convocação sagrada no oitavo dia de Sukot, conclui-se que o Mashiach guardou esta solenidade, pois todos os israelitas voltaram para suas casas somente após a conclusão da festa, e Yeshua estava no meio deles (Jo 7:53).


Pr. Bruno Alves

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

SHAVUOT (Pentecostes)

SHAVUOT (Pentecostes)


Assim prescreve a Torá acerca da festa de shavuot (“semanas”), conhecida popularmente como “pentecostes”:
“Depois para vós contareis desde o dia seguinte ao shabat (sábado), desde o dia em que trouxerdes o molho da oferta movida; sete semanas inteiras serão”.
Até ao dia seguinte ao sétimo shabat (sábado), contareis cinquenta dias; então oferecereis nova oferta de alimentos a YHWH.
Das vossas habitações trareis dois pães de movimento; de duas dízimas de farinha serão, levedados se cozerão; primícias são a YHWH.
Também com o pão oferecereis sete cordeiros sem defeito, de um ano, e um novilho, e dois carneiros; holocausto serão a YHWH, com a sua oferta de alimentos, e as suas libações, por oferta queimada de cheiro suave a YHWH.
Também oferecereis um bode para expiação do pecado, e dois cordeiros de um ano por sacrifício pacífico.

Então o sacerdote os moverá com o pão das primícias por oferta movida perante YHWH, com os dois cordeiros; santos serão a YHWH para uso do kohen (sacerdote).
E naquele mesmo dia apregoareis que tereis santa convocação; nenhum trabalho servil fareis; estatuto perpétuo é em todas as vossas habitações pelas vossas gerações.
E, quando fizerdes a colheita da vossa terra, não acabarás de segar os cantos do teu campo, nem colherás as espigas caídas da tua sega; para o pobre e para o estrangeiro as deixarás. Eu sou YHWH vosso Elohim.” (Levítico 23:15-22).
No Judaísmo, comemora-se na festa de shavuot os primeiros frutos da colheita de cereais e o dia em que o ETERNO entregou a Torá no Sinai. Por tal motivo, esta festa é de extrema relevância, pois a Torá é a base do Judaísmo de Yeshua (Mateus 5:17-19).
Ademais, foi durante a festa de shavuot que os discípulos ficaram cheios da Ruach HaKodesh (espírito de santidade ou “Espírito Santo”), e Kefá (Pedro) começou a anunciar com ousadia a morte e a ressurreição de Yeshua:
“Chegou a festa de Shavuot, e os discípulos estavam todos reunidos no mesmo lugar.
E de repente veio do céu um som, como de um vento veemente e impetuoso, e encheu toda a casa em que estavam assentados.
E foram vistas por eles línguas repartidas, como que de fogo, as quais pousaram sobre cada um deles.
E todos foram cheios da Ruach HaKodesh [espírito de santidade ou “Espírito Santo”], e começaram a falar noutras línguas, conforme o Espírito lhes concedia que falassem.

"Então Pedro levantou-se com os onze e, em alta voz, dirigiu-se a eles...” (Atos 2:1-4 e 14).

Todos aqueles que creem em Yeshua sabem a importância dos eventos ocorridos no capítulo segundo de Atos dos Apóstolos.  Consequentemente, a festa de shavuot também nos lembra deste grande dia e de todos os gloriosos dias em que os emissários (“apóstolos”) pregaram a mensagem de Yeshua, manifestando inúmeros milagres operados pelo ETERNO.
Como Cristãos, devemos nos espelhar nos emissários (“apóstolos”) e pregar a mensagem de arrependimento para que os homens abandonem seus pecados e se voltem para Elohim, recebendo o perdão pelo reconhecimento do sacrifício expiatório de Yeshua HaMashiach (Atos 2:38). Nesta jornada, devemos ainda, em nome de Yeshua HaMashiach, curar enfermos e expulsar demônios (Marcos 16:17 e 18).


Mais uma festa mencionada, mais um estudo para enriquecer seu conhecimento que Deus abençoe a todos, divulgue o blog para seus amigos através das redes sociais! Ajude a levar conhecimento para as pessoas que você ama. Forte abraço que esse estudo seja benção para sua vida. Shalom


Pr. Bruno Alves

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

PESSACH (Páscoa)

PESSACH (Páscoa)


A celebração da festa de Pessach (Páscoa) foi designada pelo ETERNO:
“No mês primeiro, no décimo quarto dia do mês, entre o pôr do sol e as trevas completas, é pessach (páscoa) para YHWH.” (Levítico 23:5).
 Esta festa celebra a redenção da escravidão de Israel no Egito (Êxodo 12), sendo comemorada no 14º dia do primeiro mês. Vale destaca que, à luz das Escrituras, o primeiro mês é o de aviv, não se relacionando com o primeiro mês romano (janeiro). E mais: a páscoa cristã (católica e evangélica) não é celebrada no dia determinado pelo ETERNO e, por isso, nada tem que ver com a verdadeira festa designada nas Escrituras.

Alegramo-nos com a festa de pessach, pois recordamos as maravilhas que o ETERNO fez para libertar o nosso povo do jugo egípcio, denotando sua fidelidade, graça e compaixão para conosco.

Consoante a narrativa de Lucas, Yeshua e sua família participavam todos os anos de pessach em Yerushalayim (Jerusalém), denotando que os pais do Mashiach eram fiéis ao cumprir o mandamento relativo a tal festa:

“Ora, todos os anos iam seus pais a Yerushalayim (Jerusalém) à festa de pessach.” (Lucas 2:41).
Já na fase adulta, Yeshua continuou a guardar pessach:
“E estava próxima pessach, e Yeshua subiu a Yerushalayim (Jerusalém).” (João 2:13).
Foi durante a celebração de pessach que Yeshua, reunido com seus talmidim, proferiu as famosas palavras:

 “Peguem e comam; isto é o meu corpo. Ele também pegou um cálice de vinho, disse uma b’rachá [benção], e o deu a eles, dizendo: Bebam dele todos vocês. Porque este é o meu sangue, que confirma a Aliança Renovada ou Nova Aliança, meu sangue derramado a favor de muitos, para que tenham os pecados perdoados.” (Mateus 26:26-28).
Por conseguinte, se em pessach (páscoa) o cordeiro foi imolado e seu sangue aplicado na casa dos filhos de Israel para livrá-los da morte dos primogênitos (Êxodo 12), paralelamente, Yeshua é o cordeiro de pessach que derramou o seu sangue para a remissão dos pecados de seus fiéis. Yeshua é o “Cordeiro de Elohim que tira o pecado do mundo” (João 1:29).
Sha’ul afirmou que Yeshua é nosso Pessach, razão pela qual os netsarim celebravam esta festa (como todas as outras bíblicas) no primeiro século:
Porque o Mashiach (Messias), nosso Pessach, já foi sacrificado.
Pelo que celebremos a festa (1ª Coríntios 5: 7-8).
Cabe aqui registrar que, no momento em que Yeshua estava celebrando pessach, disse a seus discípulos: “Isto é meu corpo, dado por vocês; façam isto em memória de mim” (Lc 22:19). Isto o que? A celebração de pessach! Ou seja, Yeshua ordenou que a cada comemoração de pessach, em que um cordeiro era sacrificado, seus discípulos lembrassem que Ele é o Cordeiro que tira o pecado do mundo (João 1:29). Assim, Yeshua determinou que a celebração, como ato memorial, de sua morte e ressurreição fosse realizada em pessach, e não em outra data. Portanto, Yeshua nunca instituiu uma “Santa Ceia” ou “Ceia do Senhor”, como pensam equivocadamente os cristãos, mas tão somente prescreveu que no seder (“ceia”) de pessach, ou seja, na alimentação comunal que ocorre nesta festa, houvesse a lembrança de seu sacrifício expiatório.
Ante tais fatos, os netsarim (nazarenos) não celebram a “Santa Ceia” inventada pelo Cristianismo, mas comemoram a morte e a ressurreição de Yeshua na data em que ele determinou: a festa de pessach.
A “Santa Ceia” cristã, tal como celebrada pelos cristãos, tem origem nos rituais pagãos e idólatras, sendo estranha à festa de pessach instituída pelo ETERNO.

“O misticismo associado à Eucaristia (Ceia) é reflexo da influência do misticismo religioso pagão. Mesmo descartando a noção católica da Ceia do Senhor enquanto sacrifício, os modernos cristãos protestantes continuaram abraçando a prática católica da Ceia. A Ceia do Senhor composta por um biscoitinho (ou pedacinho de pão) e um copinho de suco de uva (ou vinho) em nada se assemelha a uma ceia de verdade, o mesmo ocorre na Igreja Católica. O humor é sombrio e taciturno. Como na Igreja Católica, o pastor diz à congregação que cada um tem que se examinar com respeito ao pecado antes de participar dos elementos. Uma prática que veio de João Calvino. Como o sacerdote católico, muitos pastores ministram a ceia e recitam as palavras da instituição: ‘Este é o meu corpo’ antes de distribuir os elementos à congregação. Da mesma forma que a Igreja Católica. Com apenas algumas poucas mudanças, tudo isso vem do catolicismo medieval”. Este é o motivo pelo qual os netsarim da atualidade não realizam o rito pagão denominado “Santa Ceia”, cuja origem está no misticismo católico. Substituem-na pela verdadeira festa determinada pelo ETERNO (pessach), comemorando tanto o episódio da libertação do povo de Yisra’el no Egito quanto e principalmente a morte e ressurreição de Yeshua HaMashiach.

Espero que este post esclareça e seja fonte de inspiração pára que você estude mais acerca desse assunto que é tão presente em nossa liturgia e no livro sagrado que embasamos nossa vida que Deus abençoe a todos e fiquem ligados, pois falaremos em breve sobre outras festas bíblicas.


Pr. Bruno Alves


domingo, 17 de novembro de 2013


Festas bíblicas x festas pagãs qual celebrar?



     Nesta oportunidade quero esboçar um breve estudo sobre as festas bíblicas instituídas pelo ETERNO, celebradas pelos Judeus, contrapondo-as às festas pagãs celebradas pelo Cristianismo.
Relata a Escritura que Sha’ul (Paulo) criticou os cristãos gentios que estavam celebrando festivais pagãos no lugar das festas determinadas pelo ETERNO:
“Outrora, quando vocês não conheciam a Elohim, serviam aos que por natureza não são deuses.
Mas agora, conhecendo a Elohim, ou, antes, sendo conhecidos por Elohim, como vocês retornam outra vez a esses rudimentos fracos e pobres, aos quais de novo querem servir? Vocês guardam dias, e meses, e tempos, e anos pagãos. Temo que os meus esforços por vocês tenham sido inúteis.” (Galutyah/Gálatas 4:8-11)
 
Sobre a interpretação desta passagem, escreveu o rabino James Trimm:

“Mesmo no primeiro século, Paulo criticou aqueles que já estavam tentando incorporar seus feriados pagãos para a fé (Gl 4:8-11). Logo cedo, as festividades pagãs acabaram por substituir as festas bíblicas.” (Operation Kiruv, Study Guide 2).

      Atualmente, o Cristianismo deixou de lado as festas determinadas pelo ETERNO e incorporou várias festas pagãs.

      O Natal, por exemplo, comemorado em 25 de dezembro, nada tem que ver com o nascimento de Yeshua HaMashiach, bastando verificar que as Escrituras não indicam este dia como sendo santo. O Natal tem sua origem na festa romana dedicada ao deus Saturno, com duração de 4 dias, período em que ninguém trabalhava e os amigos e parentes se visitavam e trocavam presentes. Quando o Cristianismo foi oficializado por Constantino, no século IV, a Igreja Romana buscou converter o maior número de pessoas, sincretizando os diversos cultos idólatras com os cultos cristãos, criando-se a mentira de que “Cristo nasceu em 25 de dezembro”.
  
     Por outro lado, a comemoração do Ano Novo também tem origem no paganismo, visto que no primeiro século o imperador Júlio instituiu o Ano Novo em homenagem ao deus Janus, a divindade das portas, passagens, inícios e fins. Verifique que o paganismo está até no nome: comemora-se a passagem de 31 de dezembro para primeiro de Janeiro (mês do deus Janus). Posteriormente, a Igreja Católica Romana também adotou tal festividade idólatra.

     Os netsarim (nazarenos) não comemoravam qualquer festa pagã, inclusive o Natal e o Ano Novo, porque o ETERNO determinou em sua Torá que Seu povo não deveria adotar os costumes malignos das nações:

“Quando entrares na terra que YHWH teu Elohim te der, não aprenderás a fazer conforme as abominações daquelas nações.” (Devarim/Deuteronômio 18:9).
 
     Sha’ul (Paulo) reforçou o ensino de nos apartarmos do paganismo:

“Não podeis beber do cálice do Senhor e do cálice de demônios; não podeis participar da mesa do Senhor e da mesa de demônios.” (Curintayah Álef/1ª Coríntios 10:21).
 
     Alguns dizem: “ah, mas todos participam do Natal e do Ano Novo, por que não posso celebrá-los?”. A resposta é simples: devemos escolher a quem iremos servir, a YHWH ou aos demônios. Não é pelo fato de a maioria seguir as festividades pagãs que iremos trilhar o mesmo caminho, lembrando-se que a maioria está perdida, como ensinou Yeshua:

 “... é estreito o portão, e difícil o caminho que conduz à vida, e apenas uns poucos o encontram” (Matityahu/Mateus 7:14).
 
     Em vez de se contaminar com as festas pagãs, o verdadeiro discípulo de Yeshua guarda as festas determinadas pelo ETERNO, que são estatutos perpétuos.

     Nesse primeiro momento estou somente explanando a importância de como discípulos de YESHUA celebrarmos as festas determinadas pelo Eterno e não as festas pagãs que nos ensinaram a celebrar fique ligado estarei postando sobre as festas que o Eterno Deus quer que celebremos e o significado de cada uma delas aqui no blog.

Que o Eterno Deus abençoe a todos.


Pr. Bruno Alves 

sábado, 24 de agosto de 2013

O Holocausto

   

    A palavra Holocausto em grego antigo: ὁλόκαυστον, ὁλον [todo] + καυστον [queimado]




    Essa palavra tem origens remotas em sacrifícios e rituais religiosos da Antiguidade, em que plantas e animais (e até mesmo seres humanos) eram oferecidos às divindades, sendo completamente queimados durante o ritual. A partir desse uso, holocausto quer dizer cremação dos corpos (não necessariamente animais). Esse tipo de imolação corpórea também foi usado por tribos judaicas, como se evidencia no Livro do Êxodo: Então, Jetro, sogro de Moisés, trouxe holocausto e sacrifícios para Deus; (…). Também é encontrada referência na bíblia católica, onde a palavra holocausto é citada no Livro do Êxodo, capítulo 40, versículo 6: E porás o altar do holocausto diante da porta do tabernáculo da tenda da revelação. Essa mesma passagem é descrita da seguinte forma na Bíblia do Rei Jaime (The Holy Bible - King James Version) na mesma passagem (Livro do Êxodo, capítulo 40, versículo 6): Então deverás colocar o altar de queima das oferendas perante a porta da tenda da congregação. Essa versão é traduzida do original em inglês, And thou shalt set the altar of the burnt offering before the door of the tabernacle of the tent of the congregation.


    A partir do século XIX a palavra holocausto passou a designar grandes catástrofes e massacres, até que após a Segunda Guerra Mundial o termo Holocausto (com inicial maiúscula) foi utilizado especificamente para se referir ao extermínio de milhões de pessoas que faziam parte de grupos politicamente indesejados pelo então regime nazista fundado por Adolf Hitler. Havia judeus, militantes comunistas, homossexuais, ciganos, eslavos, deficientes motores, deficientes mentais, prisioneiros de guerra soviéticos, membros da elite intelectual polaca, russa e de outros países do Leste Europeu, além de ativistas políticos, Testemunhas de Jeová, alguns sacerdotes católicos, alguns membros mórmons e sindicalistas, pacientes psiquiátricos e criminosos de delito comum.


    Mais tarde, no correr do julgamento dos responsáveis por esse extermínio, o termo foi sendo aos poucos adotado somente para se referir ao massacre dos judeus durante o regime nazista.


    Todos esses grupos pereceram lado a lado nos campos de concentração e de extermínio, de acordo com textos, fotografias e testemunhos de sobreviventes, além de uma extensa documentação deixada pelos próprios nazistas com o saldo de registros estatísticos de vários países sob ocupação. Hoje, já se sabe aproximadamente o número de mortes. Morreram 17 milhões de soviéticos (sendo 9,5 milhões de civis); 6 milhões de judeus; 5,5 milhões de alemães (3 milhões de civis); 4 milhões de poloneses (3 milhões de civis); 2 milhões de chineses; 1,6 milhão de iugoslavos; 1,5 milhão de japoneses; 535.000 franceses (330.000 civis); 450.000 italianos (150.000 civis); 396.000 ingleses e 292.000 soldados norte-americanos.






    Atualmente, o termo Holocausto é novamente utilizado para descrever as grandes tragédias, sejam elas ocorridas antes ou depois da Segunda Guerra Mundial. Muitas vezes a palavra holocausto tem sido usada para designar qualquer extermínio de vidas humanas executado de forma deliberada e maciça, como aquela que resultaria de uma guerra nuclear, falando-se por vezes de holocausto nuclear.


    Shoá (השואה), também escrito da forma Shoah, Sho'ah e Shoa, que em língua iídiche (um dialeto do alemão falado por judeus ocidentais ou asquenazitas) significa calamidade, é o termo desse idioma para o Holocausto. É usado por muitos judeus e por um número crescente de cristãos, devido ao desconforto com o significado literal da palavra holocausto, de origem grega e conotação relacionada com a prática de expiação de pecados por incineração; os defensores dessa substituição argumentam que é teologicamente ofensivo sugerir que o massacre de judeus da Europa foi um sacrifício a Deus. É no entanto reconhecido que o uso corrente do termo holocausto para referir-se ao extermínio nazista não tem essa intenção.


    Similarmente, muitas pessoas ciganas usam a palavra porajmos (poráimos), significando devorar, para descrever a tentativa nazista do extermínio do grupo.


    Espero que essas informações sejam uteis para agregar valores ao teu conhecimento que Deus abençoe a todos em nome de Jesus.



Pr. Bruno Alves

quinta-feira, 22 de agosto de 2013






O Senhor Jesus foi enfático ao fazer oposição entre o amor ao dinheiro e o serviço a Deus (Mt 6:24). Para ele, ambos são mutuamente excludentes. Entretanto, deve ficar claro que o Mestre não condenou em momento algum o uso do dinheiro. O ministério de Jesus foi apoiado financeiramente (Lc 8:3), de tal forma que havia um tesoureiro entre os discípulos (Jo 12:6). É importante frisar esse aspecto para que não se caia no extremo de condenar a utilização do dinheiro como meio de troca. Então, como já está evidente no próprio versículo, Jesus fazia referência ao “amor ao dinheiro”, que em outras palavras refere-se à centralidade que ele tem na vida de muitos homens, no lugar de Deus.

    Como em quase tudo na vida, o que Deus leva em consideração não é o que fazemos, mas a motivação com que fazemos. Assim, não há nada de errado em se querer ganhar mais dinheiro. Contudo, Deus sonda nossos corações e sabe o porquê de querermos prosperar financeiramente. E é neste ponto em que está o cerne da mensagem que Cristo quis passar.
O amor ao dinheiro nada mais é que o amor a si mesmo. Ter mais dinheiro é, em geral, sinônimo de status, poder e conforto. Tudo isso, entretanto, está ligado ao desejo da carne, e não às aspirações de um cristão preocupado com o Reino de Deus. O dinheiro possibilita a satisfação de desejos e ambições que em um ser humano não regenerado nada têm a ver com a vontade de Deus.

    Entretanto o que de fato me preocupa não é a forma como o ímpio faz uso de seu dinheiro, mas como cristãos, ou mais precisamente os evangélicos, o tem gasto. Eu fico intrigado ao ver carrões estacionados em frente às igrejas, muitas vezes trocados anualmente, enquanto alguns membros da mesma comunidade padecem com a falta do mínimo para viver. Pergunto-me se estou sendo radical ao me incomodar com o desfile de vestidos e joias a cada novo culto ou se só eu estou vendo que a vaidade parece gritar mais alto que as vozes que adoram a Deus durante o louvor. Não consigo ver coerência entre o discurso de priorizar o Reino de Deus sobre todas as coisas e o tratamento que muitos empresários cristãos dão a seus empregados, submetendo-os a um regime de trabalho quase escravista na ânsia de obter mais lucros.

    A sensação que me vem ao conversar com alguns cristãos é de que o dízimo é uma taxa que permite a livre utilização dos outros 90% unicamente na satisfação de desejos egoístas. E aí vem os tablets e smartphones para todos os membros da família, além das roupas e calçados de marca, sem se esquecer dos óculos de grife e demais utensílios que possam adornar o corpo e tapar, ainda que só por um breve momento, o buraco existencial que existe na alma.

    Como eu já disse anteriormente, as palavras de Jesus trazem um ensino bem mais profundo que uma leitura superficial do texto possa sugerir. O centro da questão está relacionado ao chamado feito a cada um de nós para negar a si mesmo e carregar a própria cruz (Lc 9:23). Alguém que ama o dinheiro ama muito mais a si próprio que a Deus e a seu próximo. Quem ama o dinheiro está preocupado em satisfazer a si mesmo muito mais que agradar a Deus ou ajudar a alguém necessitado.
 
    O amor ao dinheiro apenas revela o que há por trás da máscara que vestimos. Mas o que mais me entristece e preocupa é que eu e você podemos estar vestindo a máscara da religião, tentando maquiar com dízimos e ofertas o Mamom que pode estar reinando em nossos corações. Que Deus tenha misericórdia de nós!




Pr. Bruno Alves