segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

PESSACH (Páscoa)

PESSACH (Páscoa)


A celebração da festa de Pessach (Páscoa) foi designada pelo ETERNO:
“No mês primeiro, no décimo quarto dia do mês, entre o pôr do sol e as trevas completas, é pessach (páscoa) para YHWH.” (Levítico 23:5).
 Esta festa celebra a redenção da escravidão de Israel no Egito (Êxodo 12), sendo comemorada no 14º dia do primeiro mês. Vale destaca que, à luz das Escrituras, o primeiro mês é o de aviv, não se relacionando com o primeiro mês romano (janeiro). E mais: a páscoa cristã (católica e evangélica) não é celebrada no dia determinado pelo ETERNO e, por isso, nada tem que ver com a verdadeira festa designada nas Escrituras.

Alegramo-nos com a festa de pessach, pois recordamos as maravilhas que o ETERNO fez para libertar o nosso povo do jugo egípcio, denotando sua fidelidade, graça e compaixão para conosco.

Consoante a narrativa de Lucas, Yeshua e sua família participavam todos os anos de pessach em Yerushalayim (Jerusalém), denotando que os pais do Mashiach eram fiéis ao cumprir o mandamento relativo a tal festa:

“Ora, todos os anos iam seus pais a Yerushalayim (Jerusalém) à festa de pessach.” (Lucas 2:41).
Já na fase adulta, Yeshua continuou a guardar pessach:
“E estava próxima pessach, e Yeshua subiu a Yerushalayim (Jerusalém).” (João 2:13).
Foi durante a celebração de pessach que Yeshua, reunido com seus talmidim, proferiu as famosas palavras:

 “Peguem e comam; isto é o meu corpo. Ele também pegou um cálice de vinho, disse uma b’rachá [benção], e o deu a eles, dizendo: Bebam dele todos vocês. Porque este é o meu sangue, que confirma a Aliança Renovada ou Nova Aliança, meu sangue derramado a favor de muitos, para que tenham os pecados perdoados.” (Mateus 26:26-28).
Por conseguinte, se em pessach (páscoa) o cordeiro foi imolado e seu sangue aplicado na casa dos filhos de Israel para livrá-los da morte dos primogênitos (Êxodo 12), paralelamente, Yeshua é o cordeiro de pessach que derramou o seu sangue para a remissão dos pecados de seus fiéis. Yeshua é o “Cordeiro de Elohim que tira o pecado do mundo” (João 1:29).
Sha’ul afirmou que Yeshua é nosso Pessach, razão pela qual os netsarim celebravam esta festa (como todas as outras bíblicas) no primeiro século:
Porque o Mashiach (Messias), nosso Pessach, já foi sacrificado.
Pelo que celebremos a festa (1ª Coríntios 5: 7-8).
Cabe aqui registrar que, no momento em que Yeshua estava celebrando pessach, disse a seus discípulos: “Isto é meu corpo, dado por vocês; façam isto em memória de mim” (Lc 22:19). Isto o que? A celebração de pessach! Ou seja, Yeshua ordenou que a cada comemoração de pessach, em que um cordeiro era sacrificado, seus discípulos lembrassem que Ele é o Cordeiro que tira o pecado do mundo (João 1:29). Assim, Yeshua determinou que a celebração, como ato memorial, de sua morte e ressurreição fosse realizada em pessach, e não em outra data. Portanto, Yeshua nunca instituiu uma “Santa Ceia” ou “Ceia do Senhor”, como pensam equivocadamente os cristãos, mas tão somente prescreveu que no seder (“ceia”) de pessach, ou seja, na alimentação comunal que ocorre nesta festa, houvesse a lembrança de seu sacrifício expiatório.
Ante tais fatos, os netsarim (nazarenos) não celebram a “Santa Ceia” inventada pelo Cristianismo, mas comemoram a morte e a ressurreição de Yeshua na data em que ele determinou: a festa de pessach.
A “Santa Ceia” cristã, tal como celebrada pelos cristãos, tem origem nos rituais pagãos e idólatras, sendo estranha à festa de pessach instituída pelo ETERNO.

“O misticismo associado à Eucaristia (Ceia) é reflexo da influência do misticismo religioso pagão. Mesmo descartando a noção católica da Ceia do Senhor enquanto sacrifício, os modernos cristãos protestantes continuaram abraçando a prática católica da Ceia. A Ceia do Senhor composta por um biscoitinho (ou pedacinho de pão) e um copinho de suco de uva (ou vinho) em nada se assemelha a uma ceia de verdade, o mesmo ocorre na Igreja Católica. O humor é sombrio e taciturno. Como na Igreja Católica, o pastor diz à congregação que cada um tem que se examinar com respeito ao pecado antes de participar dos elementos. Uma prática que veio de João Calvino. Como o sacerdote católico, muitos pastores ministram a ceia e recitam as palavras da instituição: ‘Este é o meu corpo’ antes de distribuir os elementos à congregação. Da mesma forma que a Igreja Católica. Com apenas algumas poucas mudanças, tudo isso vem do catolicismo medieval”. Este é o motivo pelo qual os netsarim da atualidade não realizam o rito pagão denominado “Santa Ceia”, cuja origem está no misticismo católico. Substituem-na pela verdadeira festa determinada pelo ETERNO (pessach), comemorando tanto o episódio da libertação do povo de Yisra’el no Egito quanto e principalmente a morte e ressurreição de Yeshua HaMashiach.

Espero que este post esclareça e seja fonte de inspiração pára que você estude mais acerca desse assunto que é tão presente em nossa liturgia e no livro sagrado que embasamos nossa vida que Deus abençoe a todos e fiquem ligados, pois falaremos em breve sobre outras festas bíblicas.


Pr. Bruno Alves


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